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Revoltado com a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir prisão com condenação em segunda instância, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba, atacou o ministro Celso de Mello e disse que a Constituição não é absoluta, durante evento em universidade nesta sexta-feira (25).
"Nenhum princípio da Constituição é absoluto", disparou o procurador, logo na introdução de sua fala. "A presunção de inocência deve ser compatibilizada com outros direitos e valores constitucionais e com a eficiência da Justiça", completou.
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Ele ainda criticou indiretamente o ministro Celso de Mello, que ainda não votou no julgamento das ADCs que pode libertar presos condenados em segunda instância por conta da Lava Jato, incluindo o ex-presidente Lula, dizendo que espera mudanças em 2020, quando exaltou a "mudança de ministro no ano que vem". Mello será aposentado compulsoriamente no próximo ano por completar 75 anos. A vaga deixada por Celso de Mello tem enchido os olhos de Dallagnol e Sérgio Moro, que tentam articular junto ao presidente Jair Bolsonaro a indicação de um "aliado". O nome do próprio Moro é defendido pelos procuradores de Curitiba e bastante cotado para uma das duas cadeiras que ficarão vagas durante o mandato do ex-capitão - além de Celso de Mello, Marco Aurélio Mello também irá se aposentar, em 2021. Protestos Durante a palestra, o procurador foi alvo de escracho mobilizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Os manifestantes gritavam “Dallagnol bandido” e pediam Lula Livre. Com informações do UOL