Acuado em meio à ação da Procuradoria-Geral da República, que estudo por fim à Lava Jato, Deltan Dallagnol destacou em seu Twitter na noite desta sexta-feira (3) uma frase de sua entrevista à revista Veja em que, somente agora, diz ter percebido só agora que Jair Bolsonaro usou a força-tarefa como "estratégia de campanha política".
"A minha percepção é de que Bolsonaro elogiou e apoiou a Lava-Jato de fora em uma estratégia de campanha política", diz Dallagnol, na semana em que mais uma reportagem da Vaza Jato comprovou que a força-tarefa atuou sob orientação do FBI, a agência de espionagem dos Estados Unidos.
Deltan ainda pinça uma outra frase da entrevista para dizer que a "Lava Jato nunca foi amiga de Bolsonaro", nem "inimiga de Lula".
"A Lava-Jato nunca foi amiga do Bolsonaro, assim como nunca foi inimiga de Eduardo Cunha, de Lula ou da Odebrecht. Nenhum agente da Lava-Jato apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro", afirmou.
As publicações causaram revolta entre os seguidores do procurador no Twitter.
"Nos defendemos ele até para ser o PGR. Quando me lembro tenho vontade de me bater", comentou Maristela de Melo.
"Cara, até eu já elogiei a Lava-jato e agora percebo o quanto estava errada em confiar na sua falsa isenção", afirmou Marcia Melo.
"Eu fico triste de ler isso, porque sei que infelizmente é a verdade. Ele surfou na onda da Lava-Jato e principalmente , do trabalho de Sérgio Moro", escreveu Solano Manoel.