Damares quer "ensinar mãe a ser mãe" através de novo Bolsa Família

A ministra ainda revelou que "o pessoal do Bolsonaro" não é a favor do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

A ministra Damares Alves (Foto: Divulgação/MMFDH)Créditos: Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos
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A ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, declarou nesta sexta-feira (7) que busca reformular o programa Bolsa Família para que o Conselho Tutelar atue como fator condicionante ao recebimento do benefício. "Esse pessoal terá que ter pelo menos três encontros por ano com o Conselho Tutelar. Vamos ensinar uma mãe a ser mãe", declarou Damares em entrevista à jornalista Monica Gugliano, do Valor Econômico. Apesar de dizer que quer usar regras de proteção à criança para monitorar o Bolsa Família, a ministra revela que as pessoas mais próximas ao presidente Jair Bolsonaro não são favoráveis ao Estatuto da Criança e do Adolescente. "O pessoal do Bolsonaro não gosta muito. Acham que o ECA estimula uma certa impunidade", disse. Na entrevista ela ainda defendeu a política adotada pelo governo Bolsonaro com relação aos povos indígenas. “O polêmico é a forma de o presidente se expressar. Até agora, este governo não fez nada que prejudicasse os índios. O que Bolsonaro tem dito é que os índios não podem continuar na Idade Média, matando crianças", declarou. Ela diz que o infanticídio é “uma prática comum nas tribos indígenas brasileiras”. Ao comentar sobre o retorno da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da Justiça, Damares lamentou, mas disse que fez uma acordo com o ministro Sergio Moro. "Temos a guarda compartilhada. Papai Moro e mamãe Damares", disse.