Danilo Gentili já fala como candidato: "Eu jamais apoiei o Bolsonaro"

Em entrevista por e-mail, Danilo Gentili diz que faria um "sacrífico" e iria "à guerra pelo que ama" ao admitir candidatura à Presidência e elogia Sergio Moro e João Amôedo

Danilo Gentili e Jair Bolsonaro (Reprodução)
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Em entrevista por e-mail - a pedido dele - a José Fucs, na edição desta segunda-feira (19) do jornal O Estado de S.Paulo, o comediante e apresentador do SBT, Danilo Gentili, admite que estuda ser candidato à presidência da República, elogia Sergio Moro e João Amôedo - dois candidatos que teriam seu voto - e já fala como político, negando que tenha apoiado Jair Bolsonaro (Sem partido) em 2018.

"Eu jamais apoiei o Bolsonaro. Ao contrário de outros comediantes e artistas, que vestiram camisetas do PT e do PSOL e pediram votos para seus candidatos, vocês não me verão fazendo isso. Se pegarem o registro do segundo turno, vão ver que eu nem fui votar, fiquei em casa. Sim, eu o entrevistei. E convidei todos os demais candidatos para entrevistas e eles negaram. Convidei presidentes passados para entrevistas e também negaram. Foi uma entrevista, não uma campanha", diz Gentili, que afirma ter apoiado "uma mudança" porque "sempre fui anti-PT" e "queria que o PT deixasse o poder depois de 14 anos no governo", ignorando o fato que à época o Brasil era presidido por Michel Temer, do MDB.

Gentili diz que "fiquei feliz, pois também votaria nele" com a declaração de Moro, que de votaria no comediante, caso ele seja candidato e, indagado sobre o Partido Novo, disse que nçã liga para partido - "porque fica muito fácil qualquer partido ser aparelhado" -, mas que acredita "na boa vontade do indivíduo e gosto muito do Amoedo".

"Enxergo nele caráter e sinceridade. É um cara competente e me passa credibilidade. Ele saiu da sociedade civil e não é um político carreirista. A exemplo do Sérgio Moro, ele é um dos poucos que teriam o meu voto", afirmou.

O comediante ainda usa um discurso típico de político, dizendo que "seria um sacrifício" par ele entrar para a política.

"Na política, eu teria que conviver com políticos, ganharia muito menos dinheiro do que ganho hoje e também comprometeria a minha fama, ou seja, seria só prejuízo para mim. Entrar na política para mim seria um sacrifício, como é um sacrifício alguém ir para a guerra. Mas as pessoas vão para a guerra quando percebem que o que amam está sob ameaça e não lhes resta mais alternativa", disse.

Colocando-se como candidato de direita e liberal na economia, Gentili ainda afirmou que "os políticos temem que a minha candidatura seja levada a sério".

"Quando faço as minhas piadas, os políticos me levam muito a sério, a ponto de eu colecionar pedidos de prisão e de censura vindos deles. Então, na real, eu acho que eles é que temem que a minha candidatura seja levada a sério e não o contrário".