Datafolha: Bolsonaro registra 24% de aprovação, a pior marca desde o início do governo

Mais da metade dos brasileiros dizem que não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro nas próximas eleições. Lula lidera com margem ampla no primeiro turno

Foto: Agência Brasil
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O governo do presidente Jair Bolsonaro registrou a pior aprovação desde o início do mandato, em 2019. Segundo levantamento realizado pelo Datafolha, divulgado na quarta-feira (12), o ex-militar tem a aprovação de 24% dos brasileiros, o que representa uma queda de seis pontos porcentuais em relação à pesquisa anterior, de março.

Os que consideram o governo como ruim ou péssimo eram 44% e agora são 45% na nova pesquisa. A atual gestão é avaliada como regular por 30% dos entrevistados, percentual maior do que os 24% de março, e 1% não opinou.

O Datafolha também mostra uma rejeição alta do presidente em relação a sua já anunciada tentativa de reeleição, em 2022. Segundo o levantamento, 54% dos brasileiros dizem que não votariam nele de jeito nenhum. Enquanto isso, o ex-presidente Lula (PT) lidera a corrida eleitoral com folga: ele tem 41% das intenções de voto, o que representa quase a soma das intenções de voto de todos os seus possíveis adversários.

Em segundo lugar, o presidente Bolsonaro figura com 23%. Bem abaixo dele aparecem o ex-juiz Sérgio Moro, com 7%, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 6%, e o apresentador de televisão Luciano Huck, com 4%.

A pesquisa foi realizada entre terça-feira (11) e quarta (12), com 2.071 entrevistas presenciais em 146 municípios de todo o Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Apoio entre os mais pobres

A fidelidade do eleitorado de Lula e o abandono dos que elegeram Jair Bolsonaro em 2018 são fatores que ajudam a explicar os resultados do último levantamento do Datafolha. Uma parte da ampla vantagem que o ex-presidente abriu sobre os adversários está no apoio do grupo mais pobre da população.

Entre eleitores que ganham até dois salários mínimos, o petista aparece com 47% no primeiro turno. Em um eventual segundo turno contra Bolsonaro, os mais pobres dariam ao ex-presidente uma vitória por 60% a 28%. O segmento de baixa renda representa mais da metade do eleitorado brasileiro.