O atual ministro da Cidadania, Osmar Terra, postou um vídeo em suas redes sociais nesta quarta-feira (12) comentando sobre um evento relacionado com a campanha "Drogas Diga Não". O posto de Terra é apontado como o destino do ex-ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni - substituído pelo general Walter Souza Braga Netto.
Na gravação, Terra aparece bajulando presidente Jair Bolsonaro, dizendo que o ex-capitão foi o "primeiro presidente que criou uma política de enfrentamento às drogas". Claramente desconfortável, Bolsonaro disse que "obviamente outros políticas tem que ser adotadas" para manter a "família sadia".
A atuação de Terra no Ministério da Cidadania - uma fusão criada por Bolsonaro dos antigos Ministérios dos Esportes, da Cultura e do Desenvolvimento Social - foi marcada por uma forte retórica contra as drogas.
Com um forte tom proibicionista, o ministro se opôs a todo momento à regulamentação da cannabis medicinal por parte da Anvisa e promoveu duas campanhas publicitárias bastante criticadas por se distanciar da perspectiva da conscientização e pregar apenas a proibição.
No início do mês, Terra chegou a fazer uma publicação no Twitter atacando o cantor Caetano Veloso por defender a liberalização e legalização de “todos os tipos de drogas”. Ele usou um vídeo de 2017 para fazer a crítica. “Perdoai-os senhor! Eles não sabem nada sobre o que falam”, disse o ministro.
Outas figuras que foram alvo da mira "anti-drogas" de Osmar Terra foram a cantora Ludmilla, pela música "Verdinha", e o ex-presidente do Uruguai, José Pepe Mujica.