"Debandada": Ex-presidente do Banco do Brasil diz que liberais são tratados como "vírus" em Brasília

Rubem Novaes comentou sobre as demissões de mais dois assessores de Paulo Guedes e criticou o governo: "chega uma hora que você se dá conta que nada vai acontecer"

Jair Bolsonaro e Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil (Divulgação)
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O ex-presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, comentou nesta quarta-feira (12) sobre a saída do governo Bolsonaro de mais dois figuras ligadas ao ministro Paulo Guedes, da Economia. Desde julho, cinco assessores abandonaram o barco - incluindo Novaes.

Depois de dizer que saiu do governo em razão da “cultura de corrupção” de Brasília Novaes reclamou da forma como ambiente político trata os liberais e as privatizações ao comentar sobre as demissões dos secretários de Desestatização e Privatização, Salim Mattar, e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel.

"Há convencimento por parte de alguns de que todo o ambiente nos trata como se fôssemos um vírus. O sistema em Brasília tem uma resistência muito grande. Nossa agenda liberal não interessa aos intervencionistas", disse Novaes em entrevista à jornalista Renata Agostini, da CNN Brasil.

"O governo no seu todo não é liberal. Tem o Paulo e seu núcleo duro. E há o restante. Chega uma hora que você se dá conta que nada vai acontecer", completou.

A saída de de Mattas e Uebel provocou reações no mercado. Ações da Eletrobrás sofreram queda e o dólar subiu.

Como forma de dizer que Guedes segue no governo, Bolsonaro publicou em suas redes sociais nesta manhã um post ilustrado com foto ao lado dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.