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Cada vez mais, fica nítida a dificuldade do governo Jair Bolsonaro (PSL) em viabilizar a Reforma da Previdência, mesmo dentro de sua base, inclusive em seu partido, o PSL. Nesta sexta-feira (22), o deputado federal Alexandre Frota (PSL) afirmou, em sua conta no Twitter, que a proposta “está bem complicada”.
Segundo ele, “o tratamento especial dado aos militares não foi bem recebida (sic). Existem outros pontos importantes que vamos ter que debater muito”, o que reforça a ideia de que a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PES) do presidente não será com a celeridade esperada pela equipe econômica liderada por Paulo Guedes.
A manifestação de Frota - então entusiasta de Bolsonaro - tem outro ingrediente político: o ex-ator tem sido esnobado pelo presidente e já chegou a dizer que é ‘persona non grata” no governo. Picuinhas à parte, a resistência do parlamentar à Reforma da Previdência não é fato isolado.
Na terça-feira (19), o líder do PSL da Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (PSL), já havia declarado que a sigla não pleiteava a relatoria da PEC na Comissão Especial nem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, como antecipou a Revista Fórum.
Waldir também criticou o envio da proposta de reestruturação da carreira militar junto às mudanças na previdência para as Forças Armadas.
A Folha confirma nesta sexta (22) o esgarçamento da relação: "Nós não fomos convidados para a governabilidade. Então nós não participamos (do governo). Nós não damos palpites. Nós não temos um ministério”, disse o líder, referindo-se à bancada do PSL na Câmara.
Presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR) revelaria nesta quinta-feira (21) o relator da PEC, mas o anúncio foi adiado por pressões de deputados do próprio partido do presidente.
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