Defensoria Pública pede à Justiça que regras do Mais Médicos sejam mantidas

Rescisão repentina dos contratos impactará de forma negativa com o desatendimento de mais de 29 milhões de brasileiros, cenário citado como “desastroso” para, pelo menos, 3.243 municípios

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[caption id="attachment_144576" align="alignnone" width="700"] Foto: Agência Brasil[/caption] A Defensoria Pública da União (DPU) ingressou com uma ação civil pública (ACP), com o objetivo de solicitar à União que as atuais regras do programa Mais Médicos sejam mantidas. O intuito central, de acordo com a defensoria, é assegurar o prosseguimento dos serviços prestados à população, segundo informações de Paula Laboissière, da Agência Brasil. “O pedido de tutela de urgência em caráter antecedente à ACP visa evitar que ‘a população atendida seja prejudicada com a saída abrupta de milhares de médicos sem que a União previamente promova medidas efetivas de modo a repor imediatamente o quantitativo de médicos que estão em vias de deixar o programa’”, informou o órgão, por intermédio de nota. Fórum precisa ter um jornalista em Brasília em 2019. Será que você não pode nos ajudar nisso? Clique aqui e saiba mais A alegação da Defensoria é que qualquer alteração precisa estar condicionada à realização de estudo prévio de impacto e comprovação da eficiência imediata de medidas compensatórias, que garantam plena continuidade dos serviços. A ação destaca que a assistência à saúde, por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), é direito fundamental de todos, sendo a União responsável pela prestação dos serviços. A Defensoria ressalta, também, que, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº. 5035, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a constitucionalidade do programa da forma como foi preconizado. Além disso, os profissionais cubanos representam mais da metade dos médicos do programa. A rescisão repentina dos contratos impactará de forma negativa com o desatendimento de mais de 29 milhões de brasileiros – cenário citado como “desastroso” para, pelo menos, 3.243 municípios. Dados da DPU indicam que, das 5.570 cidades brasileiras, 3.228 (79,5%) só têm médico pelo programa, enquanto 90% dos atendimentos da população indígena no país são feitos por profissionais cubanos. Agora que você chegou ao final desse texto e viu a importância da Fórum, que tal apoiar a criação da sucursal de Brasília? Clique aqui e saiba mais