Os advogados do miliciano Adriano da Nóbrega, suspeito de ser chefe do Escritório do Crime, pediram nesta terça-feira (18) a conservação do corpo do ex-PM para que seja feita uma "perícia independente" do caso. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro também pediu uma análise isolada do corpo de Adriano, alegando suspeita de "queima de arquivo".
"Há marcas que não são condizentes com a versão da polícia. Estamos pedindo uma perícia independente a semana toda. Esta é nossa via crucis", disse Paulo Emílio Cata Pretta, advogado do miliciano.
"Me parece que há uma forte suspeita dessa morte e de um querendo empurrar para o colo do outro", prosseguiu o advogado, que também nota um "componente político" na forma como a morte de Adriano é abordada.
Em entrevista na manhã desta terça-feira (18), quando voltou a falar com jornalistas, Bolsonaro sustentou a tese dos advogados de Nóbrega, de que a morte do miliciano ligado a Flávio Bolsonaro foi queima de arquivo, e também defendeu uma perícia independente do corpo. Cata Preta afirmou, de acordo com o Valor Econômico, que soube da declaração do presidente pela imprensa.
Em longa fala sobre a morte de Adriano, Bolsonaro ainda levantou suspeitas sobre a possibilidade de se realizar perícia nas conversas que o miliciano mantinha. “Será que essa perícia será insuspeita? E se, porventura pegue alguma coisa, se por acaso for eu”, disse.