Delatores da OAS denunciam: PSDB foi beneficiado por desvios

Oito ex-funcionários da empreiteira, que fecharam acordo de delação com a PGR, apontaram desvios em obras do Rodoanel, em São Paulo, para o suposto financiamento de campanhas eleitorais dos tucanos

Foto. Antônio Cruz (Agência Brasil)
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Depois de fecharem acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), um total de oito ex-funcionários da empreiteira OAS garantiram a prática de desvios de recursos em obras do Rodoanel, em São Paulo, destinados, supostamente, para campanhas eleitorais do PSDB, de acordo com reportagem de André Guilherme Vieira, do Valor. Eles, inclusive, entregaram provas de pagamentos feitos a operadores financeiros de políticos. A empreiteira teria bancado os custos de hospedagem para os lobistas, quando eles iam a escritórios da empresa para recolher o dinheiro, segundo os delatores. O Tribunal de Contas da União (TCU), por meio de uma fiscalização, apontou a existência de indícios de sobrepreço de R$ 55,6 milhões nos pagamentos realizados pela Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa) à OAS por obras do Rodoanel Norte. A Dersa é uma companhia de logística e infraestrutura controlada pelo governo do estado de São Paulo. O Ministério Público Federal (MPF) investiga o ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa) Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Ele é apontado pelos procuradores como operador financeiro de campanhas eleitorais do PSDB em São Paulo. O operador tucano seria o líder de esquema de fraudes em reassentamentos no trecho Sul do Rodoanel. De acordo com o MPF, os desvios totalizaram R$ 7,7 milhões entre 2009 e 2011.