Delegado que investigou facada em Bolsonaro processa bolsonaristas por ameaças e fake news

Rodrigo Morais passou a ser atacado após investigações concluírem que atentado contra o presidente não teve mandante

Bolsonaro no dia da facada - Foto: Reprodução/Twitter
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O delegado responsável por conduzir as investigações da Polícia Federal sobre a facada em Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018, Rodrigo Morais, decidiu distribuir 15 ações judiciais contra deputados e influenciadores bolsonaristas por ameaças e fake news.

Segundo reportagem de João Paulo Saconi, no portal Extra, alguns dos nomes processados por ele são os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Carla Zambelli (PSL-SP), assim como o advogado Frederick Wassef, que defendia a família do presidente Jair Bolsonaro, influenciadores e portais bolsonaristas.

O delegado afirma nos processos que os bolsonaristas acionados judicialmente teriam produzido ou replicado conteúdos que o associavam ao PT.

Os ataques alegam que Morais trabalhou em um cargo de terceiro escalão do governo de Minas durante a gestão do petista Fernando Pimentel e atuou no esquema de segurança de grandes eventos durante a presidência de Dilma Rousseff.

A defesa de Morais diz que, por causa dessas teorias, ele passou a ser "constrangido em seu próprio ambiente de trabalho, com ameaças de morte e xingamentos feitos por meio de telefonemas ao seu gabinete na PF".

Morais passou a ser atacado após as investigações concluírem que o responsável pela facada, Adélio Bispo, agiu sozinho e sem mandantes. Adélio está internado em um hospital psiquiátrico em Barbacena, Minas Gerais. Ele foi diagnosticado com transtorno delirante persistente e declarado inimputável pela Justiça.

As conclusões contrariaram as expectativas de apoiadores do presidente de que o ataque contra o então candidato teve um mandante. Em diversas ocasiões, Bolsonaro tentou associar Adélio Bispo e o atentado ao PSOL.