DEM aprova fusão com o PSL com voto contrário de Onyx Lorenzoni

Novo partido se chamará União Brasil e será representado pelo número 44

Onyx Lorenzoni e Jair Bolsonaro (Foto: Presidência da República)
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Lideranças do DEM aprovaram nesta quarta-feira (6) a fusão com o PSL durante reunião conduzida pelo ex-prefeito de Salvador e presidente do Democratas, ACM Neto. O deputado federal licenciado e ministro de Trabalho e Previdência do governo de Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, foi o único integrante da convenção nacional a votar contra. Nesta quarta, membros do PSL também votam a proposta de fusão, só que em cédulas de papel.

Durante o encontro, Onyx fez um requerimento pedindo que fosse incluída na pauta da convenção nacional a decisão sobre o apoio à reeleição de Jair Bolsonaro, lançamento de candidatura presidencial própria ou liberação de apoio de candidato extrapartidário. Além disso, solicitou que os parlamentares do União Brasil tenham direito a voto nas decisões da executiva nacional. 

“O que me chamou a atenção no novo estatuto é que, pela primeira vez na história, aqueles que têm representação popular, que têm voto, que representam a população brasileira (...) estão com voz, mas sem direito a voto. Só estou pedindo para que a gente reflita se está correto retirar o voto daquele que é reconhecido como ter voz, porque tem representação popular. Minha ponderação não visa criar nenhuma celeuma, só preservar algo que acho essencial para a vida democrática”, disse Onyx. 

Ambos os requerimentos, no entanto, foram rejeitados. Segundo ACM Neto, o processo de fusão ainda deve se desenrolar pelos próximos dois meses e, por enquanto, “nada muda nos estados”. No dia 29 de setembro, DEM e PSL anunciaram que a nova sigla se chamará União Brasil e será representada pelo número 44, deixando para trás o 25 do Democratas e o 17 do Partido Social Liberal.

O partido terá a maior bancada da Câmara Federal, com 82 deputados, além de sete senadores e quatro governadores e será presidido pelo deputado Luciano Bivar (PSL-PE) com ACM Neto como secretário-geral. Haverá baixas entre os parlamentares bolsonaristas, como o próprio filho do presidente, Eduardo. O próprio Bolsonaro foi filiado ao PSL quando foi eleito, mas deixou o partido em 2019 após uma série de atritos com Bivar.