Denúncias de casos de assédio em escola do Rio explodem nas redes

Alunas do Colégio Pensi, no Rio de Janeiro, criaram uma rede de denúncias de assédio por parte de professores, funcionários e alunos da escola com a hashtag #AssedioÉHabitoNoPensi.  A denúncia explodiu no Twitter e uma grande quantidade de relatos foram publicados. O assunto ficou entre os mais comentados da rede social e, até a noite de sexta, chegou a 45 mil tweets. Além das alunas, ex-estudantes do colégio também relataram casos de assédio e acusaram a direção da escola de afastar uma professora que denunciou os casos. Várias personalidades se envolveram na campanha, como a youtuber Kéfera e o escritor Pablo Villaça.

Esse caso do #AssedioÉHabitoNoPensi mexeu muito comigo. Ver esse monte de meninas adolescentes tendo que assumir a própria defesa é devastador. Vejo os relatos horríveis, as fotos que expõem os rostos ainda tão jovens (quase infantis mesmo) das vítimas e parte o coração.

— Pablo Villaça (@pablovillaca) 17 de agosto de 2018

Esse caso do #AssedioÉHabitoNoPensi mexeu muito comigo. Ver esse monte de meninas adolescentes tendo que assumir a própria defesa é devastador. Vejo os relatos horríveis, as fotos que expõem os rostos ainda tão jovens (quase infantis mesmo) das vítimas e parte o coração. Veja mais denúncias abaixo:

E o professor de geografia que falou p mim “vc n é digna de chupar minha piroca” numa sala com 60 alunos pq eu estava conversando e n copiava matéria. E não, nunca tive nada c ele. E o que pensi fez? Só mudou ele de unidade e me “manipulou” p abafar o caso. #AssedioEHabitoNoPensi

— Rebeca Martins (@RebecaaMartins) 17 de agosto de 2018

ano passado um aluno apertou meus peitos, fiquei sem reação c a falta de respeito, fui reclamar e falaram p eu mudar de unidade esse ano estavam arrecadando dinheiro p garoto ir p Egito fazer olimpíada de matemática, passam a mão na cabeça de assediador#AssedioÉHabitoNoPensi

— xulia ? (@juliapascolatt) 17 de agosto de 2018

aproveitando a tag pra falar do professor queridíssimo por todos, papai do ano, que lançou um “tá me olhando com cara de quem quer pau por que?” pra aluna no meio da aula #AssedioÉHabitoNoPensi

— anna (@annacvlho) 17 de agosto de 2018

fui obrigada a ouvir pessoalmente a MAE DOS DONOS do pensi falando que isso acontecia pq as alunas davam brecha pro professores ????? agora a culpa é nossa q a escola nao presta ne #AssedioÉHabitoNoPensi

— thabatha? (@Thatha_np) 17 de agosto de 2018

A coordenação tentando abafar o caso passando em todas as salas alegando que “nem tudo q tá na internet é verdade” Vai tomar no cu #AssedioÉHabitoNoPensi

— ?ucas ?? Samuel (@BbyluluBBH) 17 de agosto de 2018

"Corpo da mulher é tão bonito ne, foi projetado direitinho pra satisfazer o homem!"- by: professor de Biologia 1 da unidade Barra#AssedioÉHabitoNoPensi

— carolzinha ?? (@_cxrolinxgl) 17 de agosto de 2018

e o garoto q botou a mão de uma mina da minha sala no pau dele, disse que eram “dos instintos dele”, foram pra coord, claramente não fizeram nada (que surpreendente tjk 1) ele ficou odiado pelo colégio e quem se fudeu na coord foi quem defendeu a mina #AssedioÉHabitoNoPensi — juliana (@ajulianasabina) 17 de agosto de 2018

contando com a ajuda de mais um importante pra luta, @MarceloFreixo já disse que vai intervir diretamente nessa problemática do pensi!! Acharam que iam se sair impune?#AssedioÉHabitoNoPensi pic.twitter.com/sR14Twfs5u — Luís (@lucdsj) 17 de agosto de 2018

Em nota, a rede de ensino Pensi afirma que "repudia qualquer tipo de assédio e discriminação", apura internamente as denúncias e que ações "firmes" já foram tomadas, como a criação de um canal confidencial (helloethics.com/pensi) para relatos de assédio e discriminação, que ficará a cargo de uma empresa externa especializada em situações com esse tipo de gravidade para relatos anônimos.