Depois de Haddad ser massacrado pela mídia, estudo do Cebrap comprova vantagens da bicicleta em SP

Durante a greve dos caminhoneiros o movimento das ciclovias aumentou mais de 40% e a qualidade do ar melhorou 50%

Fernando Haddad no dia mundial sem carro. Foto. Secom Prefeitura
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Durante o seu mandato como prefeito de São Paulo, Fernando Haddad foi um grande entusiasta do uso da bicicleta. Por conta disto, foi massacrado e, até mesmo, ridicularizado pela mídia. No entanto, um estudo do Centro Brasileiro de Análise de Planejamento (Cebrap) comprovou as vantagens do uso da bicicleta no lugar de carros e ônibus, tanto para a saúde quanto para o bolso. De acordo com o estudo, seria possível uma redução de R$ 34 milhões nas despesas do Sistema Único de Saúde (SUS) com internações, por causa de diabetes ou doenças cardiovasculares. A cidade de São Paulo também economizaria, conforme o estudo, cerca de R$ 870 milhões com o uso da bicicleta. “Quanto mais rápido as pessoas se deslocam para o seu trabalho, maior é a produtividade, dentre do sistema”, diz Victor Callil, pesquisador do Cebrap. “A gente está falando em ‘viagens pedaláveis’, aquelas com até 8 quilômetros, feitas entre as 6h e as 20h e por pessoas com até 50 anos.” Levantamento do Instituto de Estudos Avançados da USP demonstrou que, durante a greve dos caminhoneiros o movimento das ciclovias aumentou mais de 40% e a qualidade do ar melhorou 50%. A Cetesb registrou qualidade boa em todas as estações medidoras da cidade. De acordo com estudo do Cebrap, se todas as tais viagens "pedaláveis" fossem mesmo pedaladas, eliminando muitos carros e ônibus, a emissão de dióxido de carbono poderia ser reduzida em 18%.