Deputado Paulo Pimenta entra com pedidos de investigação de Dallagnol e Lava Jato por elo com FBI

Parlamentar protocolou pedidos de inquérito no Conselho Nacional do Ministério Público e na Procuradoria-Geral da República, onde pede a apreensão de passaportes de procuradores da Lava Jato

Deltan Dallagnol (Reprodução)
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O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) protocolou neste sábado (4) duas representações - uma no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e outra na Procuradoria-Geral da República (PGR) - pedindo abertura de investigações para apurar supostos crimes cometidos por Deltan Dallagnol e procuradores da Lava Jato por firmarem parceria com órgãos estadunidenses, como o FBI, "de forma incompatível com suas funções".

"Procolei ontem no @cnmp_oficial e na @MPF_PGR representações para que sejam instaurados procedimentos para investigar @deltanmd e os demais Procuradores da Lava Lato por eventuais crimes cometidos por conta das relações com FBI/EUA de forma incompatível com suas funções públicas", tuitou o deputado.

https://twitter.com/DeputadoFederal/status/1279723927447703552

Na nova representação contra Dallagnol no CNMP, Pimenta lista reportagens da Vaza Jato divulgadas na última semana para mostrar que o procurador-chefe da Lava Jato em Curitiba cometeu ato criminoso contra a soberania nacional ao compartilhar informações com arapongas do FBI.

"Resta evidente que o Reclamado agiu com o objetivo inafastável de ferir a lei e a soberania nacional, ao submeter a instituição Ministério Público, seus procedimentos investigatórios e judiciais à tutela de um órgão estrangeiro, portanto, ato criminoso que permitiu a intervenção fora dos preceitos e padrões estabelecidos em acordo de cooperação, caracterizando sim, subserviência típica de países em processo de colonização, incorrendo o Reclamado, além de crimes, em desvios funcionais e administrativos que devem ser apreciadas por esse Conselho Nacional do Ministério Público", diz a peça (leia a íntegra).

Já na PGR, o deputado pede investigação sobre supostos crimes de associação criminosa, prevaricação, advocacia administrativa e fraude processual com pedido de afastamento imediato e recolhimento dos passaportes de Dallagnol, Thamea Danelon, Vladimir Aras, Paulo Roberto Galvão e Bruno Ferreira, que tiveram diálogos revelados na reportagem, de seus cargos no Ministério Público Federal até a conclusão das investigações (leia a íntegra).