Descontrolado, Eduardo Bolsonaro diz que vai virar governador e ataca PT

Declaração foi feita na Comissão de Constituição e Justiça; o filho do presidente também acusou o Partido dos Trabalhadores de ser responsável pela morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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O descontrole da ala bolsonarista do Congresso desde que Lula foi solto é cada vez mais notório. O filho do presidente da República, Eduardo Bolsonaro, fez um discurso raivoso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara nesta segunda-feira (11), no qual afirmou que será governador e acusou o PT de ser responsável pela morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel. O que provocou a ira de Eduardo foi a fala da deputada Érika Kokay (PT-DF), que perguntou onde está Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia do Rio de Janeiro, envolvido em movimentações financeiras "suspeitas", entres outros delitos. “Falou anteriormente aqui a deputada que virou ré na semana passada por rachadinha. Está querendo falar de Queiroz. O PT é o partido que mandou matar Celso Daniel. Todo mundo sabe disso”. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, a morte do prefeito de Santo André tratou-se de crime comum. O discurso de Bolsonaro causou indignação dos petistas que disseram que vão processá-lo pela declaração. “Pode mandar. Só enche a minha bola. Cuidado que eu vou ser eleito governador. Fizeram isso com Jair Bolsonaro e não funcionou. Obrigado, PT. Quanto mais vagabundo estiver me acusando na Justiça, melhor para mim”, disparou. Segundo a Constituição Federal, enquanto o seu pai, Jair Bolsonaro, for presidente ele não pode ter cargo majoritário.