Desembargadora que prendeu Crivella diz que prisão domiciliar pode não impedir novos crimes

“Afirmar que não há risco à ordem pública é querer fechar os olhos à realidade dos chamados crimes do ‘colarinho branco’”, diz Rosa Helena Guita

Marcelo Crivella chega à Delegacia da Fazenda, no Rio de Janeiro - Foto: Reprodução/TV Globo
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Rosa Helena Penna Macedo Guita, a desembargadora que determinou a prisão e o afastamento do cargo do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, encaminhou esclarecimentos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para justificar sua decisão.

Em despacho de 11 páginas, ela diz que apenas a prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica pode ser insuficiente para impedir que Crivella cometa novos crimes.

“Logo, afirmar que não há risco à ordem pública, s.m.j. (salvo melhor juízo), é querer fechar os olhos à realidade dos chamados crimes do ‘colarinho branco’”, alega.

Fatos documentados

Rosa Helena diz, ainda, que a prisão de Crivella foi autorizada sob “fatos recentemente ocorridos e absolutamente documentados nos autos”.

Além disso, ela junta todas as provas existentes contra Crivella no suposto “QG da Propina“, esquema de corrupção na prefeitura do Rio.