Deu no New York Times: EUA repercutem corrupção da família Bolsonaro e descobrem o termo “rachadinha”

Foto: reprodução New York Times
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A ameaça de agressão física do presidente Jair Bolsonaro contra um jornalista no fim de semana teve, como um dos efeitos, que a imprensa mundial passasse a se interessar mais pelo caso dos cheques depositados pelo ex-assessor Fabrício Queiróz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Nesta sexta-feira (28), o jornal estadunidense New York Times publicou uma reportagem na qual explica do que se trata o esquema de corrupção envolvendo a família do presidente, inclusive apresentando aos leitores o termo “rachadinha” e seu significado.

O título da matéria diz “Um negócio familiar: investigação por corrupção ameaça Bolsonaro do Brasil”, e o texto começa com “a pergunta que os brasileiros estão fazendo, e que pode ameaçar o futuro político do presidente Jair Bolsonaro: por que sua esposa e filho receberam pagamentos de um homem sob investigação por corrupção?”.

O veículo relata o episódio em que um jornalista pergunta a Jair Bolsonaro sobre os 89 mil reais depositados por Queiroz na conta da primeira-dama e a resposta do presidente ameaçando quebrar a boca do repórter. O New York Times também conta que “Bolsonaro e seu círculo íntimo, incluindo seus filhos, foram envolvidos em um número crescente de investigações criminais e legislativas, e a partir de então ele atacou repórteres, investigadores e até mesmo membros de seu próprio gabinete que ousaram questioná-lo”.

A reportagem traz ainda declarações de Bruno Brandão, diretor executivo da Transparência Internacional no Brasil, dizendo que “a suspeita é que se tratava de um negócio familiar, que durou muitos anos e movimentou muito dinheiro (…) essas suposições são muito sérias, corroboradas por evidências sólidas, em uma investigação que se baseia em transações financeiras altamente irregulares”.

“Agora Bolsonaro, cuja surpreendente ascensão da periferia da política de extrema direita à presidência foi impulsionada por uma promessa de erradicar a corrupção e o crime, é acusado de minar o Estado de direito, à medida que os escândalos se aproximam cada vez mais do palácio presidencial”, conclui a matéria.