Dilma: Prefiro Alckmin a Bolsonaro ou Doria

Brasília - DF, 02/08/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para Revista Fórum no Palácio da Alvorada. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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Na semana em que o golpe completou um ano, ex-presidenta falou sobre diversos assuntos, incluindo o filme da Lava Jato. "Acho que uma boa comédia, é imperdível”. Da Redação Na última quinta-feira (31), o golpe contra o Estado Democrático de Direito completou um ano de sua consumação. Dilma Rousseff vem concedendo várias entrevistas nos últimos dias e em uma delas afirmou que a ação que a derrubou da presidência foi aprovada sem nenhuma base sólida. “Não mediram as consequências de tirar uma presidente eleita sabendo que não havia crime de responsabilidade”. “Não afasto sequer a possibilidade de tentarem, de alguma forma, impedir a eleição em 2018”, alertou. Sobre quem o PT preferiria enfrentar nas eleições, Dilma cravou. “Eu preferia o Alckmin ao Doria e ao Bolsonaro. Ao Bolsonaro, não tenho dúvida. Em relação ao Doria, que as pessoas façam seu raciocínio e pensem bem. Não vejo consistência na candidatura dele”. Para a ex-presidenta, Alckmin representa mais o PSDB, que, segundo ela, “ainda tem um pequeno compromisso com o país”. Sobre Marina, afirmou que não consegue ver nada, isso porque não tem visto a presença da ex-senadora no cenário político. “Então fica difícil”. Ressaltou que uma das alegações do processo de impeachment eram de que a confiança do investidor estrangeiro voltaria com força, mas o quadro que veio a seguir é um contínuo aumento de impostos e a tentativa de ampliação do déficit para um rombo de quase R$ 180 milhões. “Era uma discussão primária, com aquele pato amarelo na rua. Isso mostra a pouca seriedade do processo”, apontou. Para Dilma, seu governo “perdeu a batalha do convencimento dos segmentos que formam a opinião no Brasil”. Porque não conseguiram levar algumas discussões importantes de forma “mais clara”, como exemplificou no caso da CMPF. Sobre a denúncia que Temer conseguiu derrubar na Câmara, a ex-presidenta ironizou. Em entrevista à Folha, disse que foi uma decisão ideológica, enquanto esfregou os dedos em sinal de dinheiro. “Uma decisão ideológica comprada a peso de ouro. O processo é de compra e venda. É necessário mais elementos do que gravar as pessoas para baixo e para cima com mala de dinheiro? Não, né?”, questionou. Dilma falou ainda que pretende assistir ao filme da Lava Jato, "Polícia Federal - A Lei é Para Todos". "Acho que uma boa comédia, é imperdível. Especialmente quando não queria ser comédia", provocou. Comentou ainda sobre o presidente interino da Câmara: "O Fufuca (PP-MA) é a piada pronta daquele local". *com informações da Folha Foto: Roberto Stuckert Filho/PR