Doria acusou falsamente mulher grávida que foi agredida por PM

O governador até tentou se retratar, mas persistiu na criminalização da vítima que estaria apenas filmando ação policial

Foto: Gilberto Marques/Governo de São Paulo
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Recorrendo ao julgamento do senso comum, o governador de São Paulo, João Doria, disse na noite de terça-feira (4) que a mulher grávida que foi espancada por policial militar estava sendo "resistindo a prisão por tráfico de drogas". Após ser criticado nas redes sociais, ele se retratou, mas seguiu relacionando ela ao tráfico. "Recomendei o imediato afastamento do policial militar flagrado durante abordagem a uma mulher grávida em São José do Rio Preto. Apesar dela ter resistido a prisão por tráfico de drogas, existe protoloco a ser cumprido e as imagens indicam conduta totalmente inadequada do policial", tuitou o governador. "Faço uma correção aqui: a mulher que aparece em vídeo hoje não é acusada de tráfico de drogas, ele estava envolvida em uma ocorrência de tráfico de drogas e resistiu à prisão. O inquérito policial segue", disse em seguida. A postagem com a acusação teve 109 retuítes e 1,6 mil curtidas, enquanto a retratação teve apenas 17 retuítes e 349 curtidas. A mulher estaria sendo agredida porque, enquanto os PMs abordavam um suspeito de traficar drogas, desconfiaram que ela estava filmando. A agressão viralizou nas redes sociais e mostra um oficial dando um tapa no rosto da vítima, pressionando a barriga dela com o joelho e a enforcando. A Secretaria de Segurança Pública emitiu uma nota comunicando o afastamento do PM. A ocorrência aconteceu em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. https://twitter.com/jdoriajr/status/1224827643952074754 https://twitter.com/jdoriajr/status/1224871857381351425

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