Doria agora nega ter sido oportunista na eleição com movimento “BolsoDoria”: “Não sou bolsonarista”

Doria ainda disse ser contra a indicação de Dudão para embaixada: “Ainda que fosse alguém que soubesse o inglês corretamente, que tivesse curso em Harvard, que tivesse vivência, competência”

João Doria e Jair Bolsonaro - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O governador de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB-SP), negou, durante o programa "Central Globo News", na noite desta quarta-feira (2), ter sido oportunista nas últimas eleições ao participar do movimento "BolsoDoria", quando fez dobrada informal com o então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ). "Eu não sou bolsonarista. Eu não criei o 'BolsoDoria'. O movimento nasceu no interior [de São Paulo], espontaneamente. Mas eu incorporei", disse. "E naquela circunstância, na qual enfrentávamos todos os partidos de esquerda juntos, todos faziam campanha contra mim...E, numa campanha, qual era o meu caminho senão estar ao lado daqueles que advogavam com Jair Bolsonaro?", completou o governador. Sobre sua provável candidatura à presidência, Doria se também se esquivou: "Não é hora de falar disso. Em tese, na prática... Não é momento de discutir eleições de 2022, três anos e meio antes da eleição. É um erro. E não fui eu quem iniciou esse processo. O presidente Bolsonaro, talvez, foi quem deflagrou o processo." Durante a entrevista, Doria também fez críticas à indicação de Eduardo Bolsonaro, filho de Bolsonaro, como embaixador do Brasil em Washington (EUA). "É um ponto crítico meu em relação ao presidente Bolsonaro. Moralmente, não me parece adequado que o filho de um presidente da República seja indicado para uma embaixada. Isso não é positivo. Você confunde o tema familiar com o diplomático. Ainda que fosse alguém que soubesse o inglês corretamente, que tivesse curso em Harvard, que tivesse vivência, competência, ainda assim, eu diria não", alfinetou.