Nesta segunda-feira (21), o governador João Doria (PSDB) voltou a mostrar seu otimismo com relação à chegada e distribuição da vacina chinesa Coronavac no estado de São Paulo.
Embora a empresa chinesa Sinovac Biotech, responsável pelo produto, ainda não ter concluído as últimas etapas de desenvolvimento, a confiança do governador paulista no sucesso do medicamento é tanta que ele garantiu que toda a população de São Paulo já estará vacinada contra o coronavírus no máximo até o mês de fevereiro.
"Aos brasileiros de São Paulo garanto que teremos a vacina para atender a totalidade da população já no final deste ano e ao longo dos dois primeiros meses de 2021. Temos que, evidentemente, terminar esta terceira fase de testagem e esperamos que tudo ocorra bem", disse em entrevista no Palácio dos Bandeirantes.
Neste domingo, Doria já havia dado suas primeiras declarações a respeito, anunciando que haverá 46 milhões de doses da vacina em dezembro, distribuídas em todos os centros de saúde de São Paulo, e que os primeiros lotes chegariam ainda antes, em outubro.
O governador também contou que, pela parceria com os chineses, o Instituto Butantã – que participou do trabalho de desenvolvimento, realizando parte da terceira fase de ensaios clínicos –, poderia produzir a vacina no Brasil, a partir de 2021.
No entanto, o governador ainda não trouxe mais detalhes a respeito do processo de vacinação, e não trouxe as que, provavelmente, são as informações que o cidadão comum mais quer saber: por exemplo, o governador falou que iniciará a vacinação em dezembro, mas não em que dia ou semana de dezembro exatamente. Tampouco se sabe se será gratuita ou não, e se não for gratuita, quanto custará.
A falta de certezas de Doria já vem inspirando algumas ironias sobre a promessa do tucano, como a do candidato à prefeito de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos: “se a promessa do PSDB sobre a vacina for igual a do metrô, a pandemia em SP só vai acabar em 2040”.