Doria elogia lockdown em Araraquara e parabeniza Edinho Silva (PT): "Extraordinário prefeito"

Petista adotou medidas mais duras de restrição diante da presença da variante de Manaus na cidade e foi saudado pelo governador tucano

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Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (17), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), rasgou elogios ao prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT).

Apesar da disputa política entre seus partidos, Doria considera acertada a decisão de Edinho em decretar lockdown na cidade diante do aumento dos casos confirmados de Covid-19 e a constatação de que a variante do coronavírus de Manaus (AM), tida como mais contagiosa, está circulando na cidade.

"O Edinho tem sido um extraordinário prefeito, disciplinado com relação às orientações que recebe do centro de contingência da Covi19. Uma pessoa com compaixão, suportando todas as pressões da sociedade, mas ele está agindo certo", disse o governador tucano.

"A prioridade em Araraquara e do prefeito é proteger vidas. Parabéns, prefeito, pela sua atitude", completou Doria.

O decreto de lockdown assinado por Edinho restringe a circulação de carros, bicicletas e pessoas pela cidade de 283 mil habitantes. Além disso, o comércio essencial só pode abrir até 20 horas e atender com o uso de senhas. Postos de combustível fecham às 19 horas. Quem não obedecer pode pagar multas que variam de R$ 120 a R$ 6 mil reais.

Sem vacinação em massa, lockdown é a solução

Araraquara, cidade a 279 quilômetros de São Paulo, foi exemplo no combate ao coronavírus, no ano passado, sendo, inclusive, uma das cidades do Brasil que mais realizaram testes e uma das menores taxas de letalidade. A gestão na pandemia chegou a ser destaque no jornal francês Libération, em setembro. Na última semana, o município voltou ao noticiário, pois o prefeito Edinho Silva (PT) anunciou que havia detectado a presença da variante de Manaus do coronavírus e decretou lockdown.

“Há 15 dias notamos uma mudança nos perfis da contaminação e da evolução da doença. Notamos uma mudança, um ritmo de contaminação maior, mais pessoas procurando as nossas unidades para diagnóstico, portanto era nítido que tinha um crescimento da contaminação no município, além daquele que nós esperávamos em decorrência das festas de fim de ano”, explicou Edinho, em entrevista ao programa Fórum Onze e Meia desta quarta-feira (17).  

"A curva de contaminação é vertiginosa e a pressão sobre os leitos, imensa. O sistema entrou em colapso, sem leitos. Não temos vacinação em massa, vacinamos até agora 15 mil habitantes, é muito pouco para uma cidade de cerca de 240 mil habitantes. Esta semana, por exemplo, não recebemos nenhum lote. Sem vacina em massa, a única forma de controlar o vírus é o isolamento", completou.

Confira a entrevista completa aqui.