Doria sobre prisão de Secretário: "Não tem relação com a atual gestão no governo de SP"

Polícia Federal encontrou R$ 90 mil em espécie na casa de Alexandre Baldy em Brasília

Alexandre Baldy e João Doria/Reprodução
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foi às redes sociais nesta quinta-feira (6) para se isentar da operação da Lava Jato que prendeu mais cedo seu secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy.

Doria afirmou que as acusações de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa contra Baldy não implicam na sua atuação como secretário e que tem "confiança" de que ele saberá explicar os "acontecimentos" à Justiça.

De acordo com as investigações, Baldy é suspeito de ter cometido crimes antes de assumir a pasta no governo de Doria. O secretário, que é do Partido Progressista, foi ministro das Cidades no governo de Michel Temer e deputado federal por Goiás.

"As acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão no Governo de SP. Portanto, não há nenhuma implicação na sua atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos. Tenho confiança de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça", escreveu o tucano no Twitter.

Segundo notificou o Metrópoles, a Polícia Federal encontrou R$ 90 mil em espécie na casa do secretário de Doria em Brasília. O dinheiro foi localizado durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão desta quinta.

https://twitter.com/jdoriajr/status/1291369828079546369

Sobre a operação

Alexandre Baldy é um dos alvos da Operação Dardanários, que apura desvios na área da Saúde no Rio de Janeiro e em São Paulo. Baldy foi preso pela Polícia Federal em sua casa, no Jardins, na zona oeste de São Paulo.

Segundo a investigação, o secretário de Doria usou da influência de seu cargo como ministro de Temer e de deputado federal para intermediar contratos, sobre os quais ganharia um percentual.

De acordo com o G1, entre os contratos investigados, estão o de Organizações Sociais com o Hospital de Urgência da Região Sudoeste Dr. Albanir Faleiros Machado (Hurso), em Goiás; com a Junta Comercial Goiana e com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa/Fiocruz).

A prisão é uma das seis expedidas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ na operação. O pesquisador da Fiocruz, Guilherme Franco Netto, também foi preso.

Outros 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Petrópolis (RJ), São José do Rio Preto (SP), Goiânia e Brasília.