"Dou uma por semana quando Deus ajuda", diz Roberto Jefferson em audiência

O presidente nacional do PTB pediu em audiência de custódia que fosse levado para prisão domiciliar

Roberto Jefferson - Foto: Reprodução/TwitterCréditos: Redes Sociais
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O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, pediu para progredir para prisão domiciliar durante audiência de custódia realizada no Rio de Janeiro neste sábado (14). O ex-deputado bolsonarista também comentou sobre sua vida privada.

"Político, presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), não possui vícios, não bebe, não fuma, 'dou uma por semana quando Deus me ajuda', possui doenças crônicas, câncer, tendo sido internado mais de 20 vezes, e trata de infecção renal", diz ata da audiência obtida por Aguirre Talento, de O Globo.

O advogado Luiz Gustavo Pereira da Cunha pediu a progressão para regime domiciliar em razão de problemas de saúde de Jefferson. Segundo informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, o advogado alegou que o paciente possui “ligação direta entre a boca e o ânus”.

O defensor afirmou ainda que o bolsonarista estaria "jurado de morte" por facções criminosas, sem dar detalhes. Os autos foram remetidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que analisará o apelo de Jefferson.

Prisão de Jefferson

O ex-deputado foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (13) na cidade de Comendador Levy Gasparian, a cerca de 130 quilômetros do Rio de Janeiro.

A prisão foi efetuada após determinação do ministro Moraes. Além disso, ele determinou o bloqueio de conteúdos postados por Roberto Jefferson em redes sociais, apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento.

O ex-deputado é investigado no inquérito das milícias digitais, que é uma continuidade da investigação sobre os atos antidemocráticos e que envolve ameaças de morte aos ministros da suprema corte, pedidos de fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

Antes de ser levado pela Polícia Federal, o ex-deputado enviou mensagem de áudio ao PTB e afirmou que o STF atua contra a “família, Deus e a liberdade” e recebe “mensalão da China”. Ele ainda disse que irá combater “ministros gays” do tribunal. Ao assinar mandado de prisão, Jefferson ainda provocou Moraes.

“Ruptura institucional”

Neste sábado (14), Bolsonaro anunciou irá acionar o Senado para abrir processo por “crime de responsabilidade” contra Moraes e Luís Roberto Barroso. “Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma ruptura institucional, a qual não provocamos ou desejamos. De há muito, os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, extrapolam com atos os limites constitucionais”, tuitou.