"É como gravar uma ida ao bordel", diz ministro do STF sobre vídeo de reunião ministerial

Vídeo da reunião de ministros do dia 22 de abril, que segundo Sérgio Moro traz provas da interferência de Bolsonaro na PF, será assistido por Celso de Mello, que deve decidir se libera ou mantém sigilo sobre as gravações

Reunião de Bolsonaro e ministros no dia 22 de abril (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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Um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que não foi identificado, disse à repórter Basília Rodrigues, da CNN Brasil, que a baixeza do tom da reunião ministerial do dia 22 de abril, em que Sérgio Moro diz existirem provas da interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal, é como uma conversa de bordel, pelos palavrões e comportamentos dos participantes.

"Para gente que cuida de segurança, uma reunião como essa não caberia nem ser gravada, para o registro de palavrões? Condutas? É como gravar uma ida ao bordel", teria afirmado o magistrado.

Nesta segunda-feira (18), o relator do caso, ministro Celso de Mello, deve assistir ao vídeo para decidir se haverá sigilo total, parcial ou se vai liberar a íntegra da gravação durante o processo.

Relatos de pessoas que assistiram às gravações dizem que o conteúdo é mais uma bomba no governo, com críticas diretas à China, principal parceiro comercial do Brasil, e pedidos de prisão de ministros do STF.

"Isso só mostra a personalidade suicida do presidente. É uma situação complicadíssima", disse o ministro à CNN sobre a gravação da reunião.