“É inconteste que Marielle foi executada em razão da atuação política", dizem promotoras

"A barbárie praticada na noite de 14 de março de 2018 foi um golpe ao Estado Democrático de Direito", diz a denúncia que levou à prisão dos assassinos

Marielle Franco. (Foto: Renan Olaz - Câmara do Rio)
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Na denúncia que desencadeou a ação que prendeu o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz pelo assassinato de Marielle Franco na manhã desta terça-feira (12), as promotoras Simone Sibilio e Leticia Emile relatam que o crime foi "meticulosamente" planejado três meses antes do atentado e que não há dúvidas que foi executado por motivação política. Leia também: Sargento reformado é preso por efetuar tiros que matou Marielle Franco; ex-PM dirigia o carro “É inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia. A barbárie praticada na noite de 14 de março de 2018 foi um golpe ao Estado Democrático de Direito", diz a denúncia, segundo reportagem de Chico Otávio, no jornal O Globo desta terça-feira (12). Ronnie Lessa foi preso às 4h da manhã na casa onde mora, o condomínio de Vivendas da Barra, na Avenida Lúcio Costa, 3.100, por coincidência, o mesmo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Além das prisões, a operação realiza mandados de busca e apreensão nos endereços dos denunciados para apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munições e outros objetos. Lessa e Elcio foram denunciados pelo assassinato e a tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora da vereadora que sobreviveu ao ataque. A ação foi batizada de Operação Buraco do Lume, em referência ao local no Centro de mesmo nome, na Rua São José, onde Marielle prestava contas à população sobre medidas tomadas em seu mandato. Ali ela desenvolvia também o projeto Lume Feminista.