EBC censura palavra “fuzilamento” na cobertura da morte de músico

Após Bolsonaro assumir a presidência, a empresa chegou a proibir que seus funcionários usassem as palavras “golpe” e “ditadura”, quando fossem se referir ao regime militar

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A Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) censurou internamente a utilização da palavra “fuzilamento”, durante cobertura do brutal assassinato do músico Evaldo dos Santos Rosa. Ele teve o carro fuzilado por militares do Exército, com mais de 80 tiros, no último domingo (7), no Rio de Janeiro. Uma mensagem interna da empresa, na quarta-feira (10), mostra um jornalista de uma rádio da EBC questionando a chefia por terem retirado o termo “fuzilamento” de sua reportagem sobre o caso. O aviso foi enviado a vários funcionários, incluindo o grupo de radiojornalismo da EBC. O chefe respondeu dizendo somente que “fuzilamento” não é a palavra usada “oficialmente” e, por isso, seria retirada. Não é a primeira vez que a EBC censura sua cobertura, desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência. A empresa chegou a proibir que seus funcionários usassem as palavras “golpe” e “ditadura”, quando fossem se referir ao regime militar, que teve início em 1964. Com informações de Eduardo Barreto, na coluna de Guilherme Amado, da Época