Eduardo Bolsonaro aceita e deve ser o novo embaixador do Brasil nos EUA

Filho do presidente, que acabou de completar 35 anos - idade mínima exigida pela legislação brasileira para ser embaixador -, convocou uma coletiva na Câmara dos Deputados para tratar do assunto

Eduardo Bolsonaro (Reprodução/Instagram)
Escrito en POLÍTICA el
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) deve ser confirmado, nas próximas horas, como o novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos. A possível indicação foi confirmada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro à imprensa nesta quinta-feira (11).  A justificativa do capitão da reserva é que o deputado federal tem uma boa relação com o país presidido por Donald Trump e ainda fala inglês. “Está no meu radar, sim, é uma possibilidade”, disse. Depois, à coluna "Radar", da Veja, o deputado federal disparou: "Se receber essa missão, vou cumprir". O filho do presidente deve dar mais detalhes sobre a possível indicação em uma coletiva de imprensa convocada para acontecer na Câmara dos Deputados ainda nesta quinta-feira (11). Inicialmente, ele disse que ainda iria conversar com seu pai, mas nos bastidores a informação é que sua indicação já seria uma certeza. Chanceler informal  A suposta indicação vem exatamente no dia seguinte ao aniversário de Eduardo, que completou 35 anos nesta quarta-feira (10). A lei brasileira exige justamente 35 anos como idade mínima para que alguém possa exercer o cargo de embaixador. Desde o início do governo que Eduardo Bolsonaro vem se comportando como uma espécie de “chanceler informal”. Apesar de o cargo ser ocupado oficialmente por Ernesto Araújo, ministro de Relações Exteriores, Eduardo acompanha o pai em quase todas as suas viagens internacionais e tem mais interlocução com lideranças estrangeiras que o próprio chefe do Itamaraty. Em março, por exemplo, durante a visita viagem aos EUA, o fato de Eduardo ter permanecido na sala durante a reunião entre Bolsonaro e Trump, sem a presença de Araújo, causou mal estar entre a diplomacia brasileira. Desde a exoneração de Sergio Amaral, há três meses, que o Brasil está sem representação diplomática em Washington.