Eduardo Bolsonaro disse em 2017 que ladrão amigo do rei vai para prisão domiciliar

Fabrício Queiroz e sua esposa, acabam de receber o benefício do juiz João Otávio Noronha, do STJ, que pleiteia junto a Bolsonaro vaga no STF

Eduardo Bolsonaro (Foto: Lula Marques)
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) criticou duramente em sua conta do Twitter, em dezembro de 2017, a prisão domiciliar. Na ocasião, o filho do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) afirmou que “ladrão de galinha ir para a cadeia e ladrão amigo do rei para prisão domiciliar (leia-se mansão) é sinônimo de impunidade”.

https://twitter.com/BolsonaroSP/status/942688208193810432?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E942688208193810432%7Ctwgr%5E&ref_url=https%3A%2F%2Fwww1.folha.uol.com.br%2Fcolunas%2Fmonicabergamo%2F2020%2F07%2Feduardo-bolsonaro-disse-que-prisao-domiciliar-e-para-ladrao-amigo-do-rei.shtml

“Ladrão de galinha ir para a cadeia e ladrão amigo do rei para prisão domiciliar (leia-se mansão) é sinônimo de impunidade. Infelizmente juízes se utilizam de brechas nas leis para favorecer alguns. É preciso revogar o instituto da prisão domiciliar.”

A mensagem foi postada, conforme lembrança da coluna de Mônica Bergamo, um dia depois que o empreiteiro Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, saiu da cela em que estava, na Superintendência da Polícia Federal, onde ficou detido em regime fechado por dois anos e meio, e passou a cumprir prisão domiciliar em sua casa, em um condomínio fechado de um bairro nobre de São Paulo.

Queiroz amigo do rei

Fabrício Queiroz, acusado de ser o operador do esquema de “rachadinhas” que funcionava dentro do gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) se prepara para deixar o presídio de Bangu 8, onde está preso desde o dia 18 de junho, na manhã desta sexta-feira (10).

A concessão de um habeas corpus a Queiroz e à mulher, Márcia Oliveira Aguiar, se deu por decisão polêmica do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, que nos bastidores faz campanha para ser alçado por Jair Bolsonaro a uma das cadeiras que ficarão vagas no Supremo Tribunal Federal (STF) durante o mandato presidencial do capitão, amigo há décadas do ex-PM, que assessorou Flávio e tem estreitas ligações com a milícia de Rio das Pedras, no Rio de Janeiro.