Eduardo Bolsonaro diz que "apoiar o Nazismo é crime"... para atacar a Folha

Filho de Bolsonaro confunde opinião do colunista Anderson França com a da Folha e fala do crime de apologia ao nazismo, em uma postura bem diferente diante do vídeo divulgado pelo ex-secretário de Cultura do governo, Roberto Alvim

Eduardo Bolsonaro e Roberto Alvim (Montagem)
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Após tentar amenizar o escândalo do vídeo nazista de Roberto Alvim, comparando o nazismo ao comunismo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tuitou na noite desta terça-feira (21) que "apoiar o Nazismo é crime". No entanto, a publicação não se referia ao crime de apologia ao nazismo cometido por Alvim, mas, sim, a uma tentativa de atacar mais uma vez a Folha de S.Paulo, que publicou um artigo do colunista Anderson França, cobrando artistas populares a se posicionar em relação ao episódio nazista do ex-secretário de Cultura do governo, Roberto Alvim "Na ânsia de criticar todos aqueles que não se engajam politicamente na esquerda, a @Folha resolveu acusar a dupla @MaiaraeMaraisa de serem nazistas. Apoiar o Nazismo é crime e imputar falsamente um crime contra um inocente prevê até prisão, segundo o Artigo 138 do Código Penal", diz o deputado, confundindo a opinião do articulista com o do jornal. Aos amigos favores Usando a máxima de Maquiavel - "Aos amigos os favores, aos inimigos, a lei" -, Eduardo Bolsonaro teve uma postura bem diferente do dia em que Alvim divulgou o vídeo com cópia do discurso de Joseph Goebbels, ministro da propaganda do Reich nazista. Na ocasião, Bolsonaro interrompeu as férias nos Estados Unidos para passar o dia comparando o nazismo com o comunismo, na tentativa de amenizar o escândalo nazista no centro do governo do pai. "Se você abomina o nazismo, também deve abominar o comunismo. Caso contrário é um hipócrita ou ignorante", tuiou à época, tentando passar pano para Alvim.