Eduardo e Carlos Bolsonaro atiçam milícia digital contra jornalista Glen Greenwald, do Intercept

Filhos do presidente têm usado a plataforma como ferramenta de batalha comunicacional, com ar estratégia de desqualificar o jornalista do The Intercept e atacar sua imagem.

Foto: Reprodução/Flickr
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A reação bolsonarista às revelações do The Intercept, publicadas no final da tarde deste domingo (9/6), está sendo liderada pelos próprios filhos do presidente, Eduardo e Carlos Bolsonaro, que já escolheram a estratégia para esta batalha comunicacional: desqualificar o jornalista Glenn Greenwald. Através do twitter, plataforma preferida de ambos, o deputado e o vereador vêm convocando seus seguidores a apontar suas críticas ao norte-americano, com suas ligações com o PSOL ou seu suposto apoio a Dilma. Leia também Glenn Greenwald rebate Eduardo Bolsonaro: “Defensores de Moro usam pequenos ataques como distração” Eduardo Bolsonaro começou o dia com um vídeo de janeiro de 2019 onde Caio Coppolla defende uma grande teoria da conspiração, com alusões à renúncia de Jean Wyllys, cuja vaga foi ocupada por David Miranda, esposo de Greeenwald. Em seu comentário, Eduardo considera que a renúncia fez parte de todo um estratagema que continua com a publicação da reportagem neste domingo. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo. Em outro tweet, o Eduardo (que é chamado pelo pai como "03") vai mais além no histórico de Greenwald, e recorda sua relação com o caso WikiLeaks, e afirma que o jornalista "vendeu a tese" de que o impeachment de Dilma Rousseff foi golpe:   Por sua vez, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (o "02", segundo o pai) usou o matrimônio de Greenwald para atacar a oposição com comentários sexistas, chamando o partido de David Miranda de "piçóu" e "menina do PT": Na noite de ontem, em seu primeiro comentário sobre o caso, o político foi um dos primeiros a se unir ao coro do discurso dos procuradores da Lava Jato, acusando os vazamentos de serem "ilegais" e afirmando que a reportagem é baseada em uma "invasão de algo privado":