Eduardo Paes quer criar "grupo de elite" armado na Guarda Municipal do Rio

Projeto do prefeito eleito para a segurança também cita premiação por produtividade

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Eleito com cerca de 64% dos votos, vitória ampla em relação ao atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), Eduardo Paes (DEM) cita em seu plano de governo algumas medidas de segurança pública que podem aumentar a letalidade policial na capital fluminense.

As propostas do prefeito eleito em relação à segurança englobam cinco grandes eixos: guarda, segurança presente, monitoramento, premiação e iluminação.

No primeiro item, o plano cita a criação de um "grupo de elite" na Guarda Municipal que poderá usar armamento letal. Segundo o projeto, o objetivo é reduzir em 20% os crimes em centros comerciais ou de grande fluxo de pessoas até o fim de 2023.

Em relação ao tópico "premiação", Paes fala em implantar até 2022 um sistema de premiação por produtividade para os agentes da Guarda Municipal.

De acordo com o Estatuto do Desarmamento, guardas municipais de cidades com mais de 500 mil habitantes podem andar armados, mas isso precisa estar previsto na Lei Orgânica do município.

Contudo, o artigo que fundamenta a criação da Guarda Municipal no Rio veta o uso de armamento: “instituir, conforme a lei dispuser, guardas municipais especializadas, que não façam uso de armas de fogo".

Com isso, para aprovar o uso de armas pelos agentes, Paes precisaria enfrentar alterações na legislação da cidade. Cabe aos vereadores aprovar essas alterações.