El País: grupos de whatsapp são fábricas de fake news pró Bolsonaro

Um dos boatos é de que de que Manuela D’ávila (PCdoB), teria recebido diversas ligações de Adélio Bispo de Oliveira, o criminoso que esfaqueou Bolsonaro.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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Em reportagem publicada nesta sexta-feira (28), o jornalista Afonso Benites, do jornal El País, diz que acompanhou mobilização on-line por três semanas de grupos de whatsapp que fazem campanha e promovem mobilizações para o candidato do PSL à Presidência da Repúbica, Jair Bolsonaro. De acordo com o jornal, um dos boatos é o de que as urnas eletrônicas no Brasil já foram fraudadas. Há ainda a falsa informação de que Manuela D’ávila (PCdoB), candidata a vice-presidente na chapa do petista Fernando Haddad (PT), teria recebido diversas ligações de Adélio Bispo de Oliveira, o criminoso que esfaqueou Bolsonaro, no mesmo dia do atentado, em 6 de setembro. Segundo a reportagem, nesses grupos surgem as fake news usadas por simpatizantes de Bolsonaro nas redes sociais, como falsas declarações de apoios à candidatura do militar reformado. A reportagem cita que há "declarações" atribuídas à cantora Sandy, ao ex-goleiro Rogério Ceni e até mesmo ao apresentador Silvio Santos, dono do SBT. A mensagem falsa de Silvio diz o seguinte: “Desde quando fundei meu próprio canal (o SBT), sempre tive como princípio a união da família brasileira. Hoje, vejo somente uma pessoa disposta a praticar o mesmo princípio na política: o sr. Jair Bolsonaro. Por isso, ele tem não só o meu apoio, mas o meu voto e os votos de todos de minha família!”. Em nota, o apresentador afirmou que não declarou apoio a ninguém e que não revela em quem votará. Sandy e Roger também já desmentiram o "apoio" ao candidato. Ainda de acordo com o El País, outro foco de constante desconfiança nos grupos pró-Bolsonaro é sobre pesquisas eleitorais. Os militantes acreditam que Bolsonaro será eleito no primeiro turno. Quando leem algo diferente disso, dizem que os dados foram fraudados. Leia a reportagem completa.