Desde o dia 16 de novembro, logo após a votação em primeiro turno na eleição de São Paulo, que o portal UOL e a Folha de S. Paulo tentam marcar um debate entre os candidatos a vice-prefeito da capital paulista.
A dificuldade em marcar o encontro tem motivo: Ricardo Nunes (MDB), candidato a vice de Bruno Covas (PSDB), tem se negado desde então a participar do debate, alegando problemas de agenda.
Como os veículos não conseguiram marcar com Nunes, resolveram realizar uma sabatina somente com Luiza Erundina (PSOL), candidata a vice na chapa de Guilherme Boulos. A ex-prefeita topou o encontro desde o primeiro momento.
A sabatina será realizada nesta quarta-feira (25), a partir das 10h, com transmissão ao vivo nas páginas do UOL e Folha.
A recusa de Ricardo Nunes em participar do debate não é à toa. O vereador, que foi "escondido" por Covas durante toda a campanha, é rodeado de polêmicas, entre elas uma acusação de violência doméstica contra a esposa e evidências de que chefiaria um grupo de aliados próximos que lucra R$ 1,4 milhão por ano com o aluguel de creches à prefeitura.
As acusações contra Nunes têm tirado Bruno Covas do sério. Em entrevista à rádio CBN na manhã desta terça-feira (24), o tucano se irritou ao ser perguntado sobre o vice. “É impressionante como vocês são pautados pela campanha do PSOL. É impressionante isso. É impressionante como a imprensa segue a campanha do PSOL. Eu fico horrorizado com isso. Vocês gostam de acabar com a vida do meu vice, sem nenhuma denúncia”, declarou.
Covas disse que é um “esporte nacional [o de] acabar com o currículo das pessoas”. O prefeito minimizou o Boletim de Ocorrência que foi aberto contra Nunes e disse que o caso já foi encerrado e os dois seguem juntos.
A âncora Fabíola Cidral reforçou que agressão verbal, como consta no BO, não deixa de ser agressão.
Vereador na capital paulista, Ricardo Nunes foi alvo de um boletim de ocorrência apresentado por Regina Carnovale em 2011 em que ela o acusava de violência doméstica. A ocorrência foi registrado na 6ª Delegacia da Mulher, em Santo Amaro, e Regina citou, à época, “ciúmes excessivo” do marido e medo de ameaças.