#EleNão é contra tudo o que há de mais atrasado e violento, diz Ursula Vidal

“Precisamos esclarecer acerca de o quanto é perigoso que esse projeto avance. É preciso esclarecer que esse discurso aprofunda a desigualdade”, diz a candidata ao Senado.

Divulgação/Facebook
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Candidata ao senado pelo PSOL no Pará, Ursula Vidal afirmou em entrevista à Fórum que o movimento #EleNão está unindo pessoas contra o retrocesso que a candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) representa para o Brasil. “Essa campanha não é contra um candidato, é contra tudo o que há de mais atrasado, violento, desigual e desrespeitoso”, diz. Segundo ela, quando um candidato declara publicamente que mulheres devem ganhar menos, pois engravidam, ele aprofunda a desigualdade que já existe no Brasil. “Eu tenho mais do que o dever de ter um envolvimento claro e corajoso”, afirma a candidata dizendo que é preciso fazer um trabalho pedagógico para explicar tudo o que está em jogo com a candidatura de Bolsonaro para quem pretende votar nele. Para ela, é importante que haja um combate à desinformação e a imensa circulação de fake news nas redes sociais. “Precisamos esclarecer acerca de o quanto é perigoso que esse projeto avance. É preciso esclarecer que esse discurso aprofunda nossa situação de desigualdade”, afirma. Ursula afirma que as ruas precisam ser ocupadas não só por mulheres, mas por toda a sociedade que é contra o retrocesso, violência e preconceito. No dia 29 de setembro espera-se uma grande mobilização de mulheres pelo Brasil contra a eleição de Jair Bolsonaro. Essa reação nas ruas veio da hashtag #EleNão, que começou a circular nas redes sociais e mobilizou artistas, pensadoras e políticas. Até o dia do ato, a Fórum irá entrevistar mulheres que aderiram à campanha.