Em denúncia apresentada à ONU, defesa de Lula diz que Moro atuou com pretensões de ser presidente em 2018

Em 2018, o Comitê de Direitos Humanos da ONU chegou a estabelecer medidas cautelares pedindo que o Brasil garantisse o direito do ex-presidente de participar nas últimas eleições

Lula durante discurso feito na Assembleia Geral das Nações Unidas em 2009 | Foto: ONU
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O processo movido pela defesa do ex-presidente Lula contra o Estado Brasileiro na Organização das Nações Unidas (ONU) por conta da perseguição política travada contra ele cita as pretensões eleitorais do ex-juiz federal e atual ministro da Justiça, Sergio Moro. A queixa, aberta em 2016, teve detalhes divulgados neste sábado (1) em reportagem do jornalista Jamil Chade, colunista do UOL. Chade teve acesso ao documento impetrado na ONU pelos advogados do ex-presidente no Comitê de Direitos Humanos da ONU. "Como argumento final e conclusivo sobre a visão parcial de Moro, houve inúmeros artigos de jornal nos últimos meses (e até mesmo uma pesquisa de intenção de voto feita diante desse cenário) que têm a expectativa ou incentivam o juiz Moro a concorrer à eleição para a Presidência do Brasil em 2018, uma eleição em que Lula poderá voltar a concorrer, desde que ele não tenha sido condenado — pelo juiz Moro", diz trecho da denúncia. Apesar do ex-juiz não ter, de fato, se apresentado como candidato nas eleições de 2018, o fato dele ter aceito vaga no gabinete do presidente Jair Bolsonaro demonstraria, segundo membros do comitê, que Moro almejava um projeto político. O comitê chegou a fazer recomendações preliminares em 2018 pedindo que o Brasil garantisse o direito de Lula ser candidato, mas foi ignorado. O julgamento da ação deve acontecer ainda este ano. Leia a reportagem completa na coluna de Jamil Chade, no Uol.

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