Em dia de votação, trabalhadores protestam contra reforma da Previdência na Câmara

O texto aumenta o tempo para se aposentar, limita o benefício à média de todos os salários, eleva as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS e estabelece regras de transição para os atuais assalariados

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Com a votação do segundo turno da reforma da Previdência podendo ser finalizada nesta semana, centrais sindicais voltam à Câmara dos Deputados nesta terça-feira (6) para protestar contra a proposta de emenda à Constituição que muda as regras da aposentadoria brasileira. Os manifestantes, que no primeiro turno foram impedidos de entrar na Casa, protestam pacificamente na entrada no Anexo II da Câmara, mas prometem passar pelos gabinetes dos deputados ao longo da tarde desta terça para pedir mudanças no texto que deve ser votado nos próximos dias. "A chamada Casa do Povo não pode impedir que os trabalhadores tenham contato com os parlamentares. Precisamos ter direito ao acesso para mostrar nosso ponto de vista aos parlamentares", defendeu ao site Congresso em Foco o secretário geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, que organiza a manifestação. Segundo Silva, os manifestantes representam todo o funcionalismo público pois reúnem entidades como o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Distrito Federal (Sindjus-DF), o Movimento Nacional dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas (Mosap), o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Por isso, pedem mudanças em pontos da reforma como as regras de transição dos servidores públicos e o valor das pensões por morte. Há uma expectativa que a Câmara conclua a votação até o final da semana. O texto aumenta o tempo para se aposentar, limita o benefício à média de todos os salários, eleva as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS e estabelece regras de transição para os atuais assalariados. Da mesma forma que o primeiro turno, a proposta precisa do voto de um mínimo de 308 deputados para ser aprovada e então enviada ao Senado, onde também passará por dois turnos de votação. Com infos do Congresso e Foco e Agências