Em editorial, Folha compara “flerte grotesco com torturadores” de Bolsonaro com erros do PT

O puxão de orelhas da Folha lança perguntas incomparáveis no mesmo tom a Bolsonaro e Haddad

Bolsonaro e Haddad
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Em editorial intitulado 'A hora do compromisso', publicado em seu site, às 14h37, deste sábado (29), o jornal Folha de S.Paulo, afirma que o presidenciável, Jair Bolsonaro (PSL), “precisa esclarecer ao país se vai continuar a se comportar como um nanico”, diz o texto. A Folha afirma ainda que “não se toleram de um presidente brasileiro esse flerte grotesco com torturadores, essa iconografia basbaque da pistolagem, esse deboche rudimentar das mulheres nem esse desprezo epidérmico pelas minorias os quais Bolsonaro tem patrocinado”. O jornal faz ainda uma série de perguntas ao candidato: “Pode desfechar um autogolpe e convocar uma constituinte de notáveis, como afirmou seu candidato a vice? Pode atropelar votações no Congresso Nacional, como teorizou seu assessor econômico? A resposta da Constituição a essas duas perguntas é não. Qual é a de Jair Bolsonaro?” O mesmo tom para Haddad O puxão de orelhas da Folha, em tom pretensamente democrático, lança perguntas incomparáveis no mesmo tom ao candidato do PT, Fernando Haddad. O jornal quer saber, por exemplo, sobre “O bordão ‘Eleição sem Lula é fraude’, cinicamente silenciado agora, carece de desmentido público”. Além disso, exige ainda a autocrítica da legenda sobre os casos de corrupção envolvendo o partido. A Folha se refere também ao que ela chama de “apoio incondicional à atroz ditadura venezuelana” por parte da campanha do PT. No final, o jornal coloca os dois candidatos no mesmo balaio ao afirmar que "a retórica de que haveria atalhos institucionais para resolver os graves problemas brasileiros não foi moldada na forma democrática" e encerra: "Não há solução fora desta Constituição".