Em meio a ataques de olavistas, Regina Duarte toma posse e prega "pacificação e diálogo"

"Cultura é assim, feita de palhaçada, de música", disse a atriz em discurso no Palácio do Planalto

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A atriz Regina Duarte assumiu nesta quarta-feira (4) a secretaria da Cultura do governo de Jair Bolsonaro. Em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, a artista fez um discurso emocionado agradecendo a indicação para a pasta que, de acordo com ela, vai focar em "pacificação e diálogo".

"Meu objetivo aqui é pacificação e diálogo permanente com a classe cultural, com os estados e municípios, com o parlamento e com os órgãos de controle. Ufa!", disse logo no início de seu discurso. A atriz foi atacada nas redes sociais nesta manhã após demitir seis olavistas da pasta na véspera de sua posse.

Antes de começar a falar, Regina assinou junto com o presidente o documento que oficializa sua posse. Depois das fotos, Bolsonaro prestou continência a ela, o que foi ignorado. Regina apenas estendeu a mão para cumprimentá-lo.

Em outro trecho do discurso, a atriz disse que sua indicação ao cargo teve "97% de aprovação". "Na rua, a gente cruzava o olhar e quando eu via o sorriso de esperança já percebia: É Bolsonaro!", comentou aos risos.

Regina Duarte também descreveu, em texto dramático e teatral, o que é cultura para ela. "E que cultura é essa? Acho que seria uma coisa que não passasse nem um pouco perto do conceito de domínio. Falo de cultura como libertação (...) Cultura é assim, feita de palhaçada, de música", disse.

Estavam presentes na cerimônia a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, o ministros da Casa Civil, general Braga Netto e o ministro do Turismo, Álvaro Antônio, além de Bolsonaro e sua esposa, Michelle.

Antes do discurso de Regina, Álvaro Antônio falou sobre os avanços liberais do Brasil no governo Bolsonaro e disse que a atriz "tem uma árdua missão" em fazer com que a cultura seja de todos os brasileiros, "e não de uma pequena elite como foi feito em governos anteriores".