Em meio à eleição, Aras investiga Joice Hasselmann por contra-ataque ao gabinete do ódio

As ex-aliadas Joice Hasselmann e Carla Zambelli (Foto: Reprodução/Twitter)
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Em meio à campanha eleitoral, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu abertura de inquérito contra a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), atual desafeto de Jair Bolsonaro que disputa a prefeitura de São Paulo contra Celso Russomanno, candidato do presidente na capital paulista.

Na investigação, aberta nesta quinta-feira (1º) com prazo inicial de 60 dias para a conclusão, Joice é investigada por supostos contra-ataques ao chamado "gabinete do ódio", que promovia uma campanha de insultos nas redes após a parlamentar deixar a base do governo. As investigações apuram se Joice usou funcionários de seu gabinete para rebater aos bolsonaristas. O relator do processo é o Ministro Luiz Roberto Barroso.

Aras se manifestou sobre uma notícia-crime apresentada pela também deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que diz que a ex-amiga os crimes de constrangimento ilegal, difamação, falsidade ideológica e associação criminosa com base em relatos de dois ex-funcionários de Joice que acusam a antiga chefe de usar o gabinete para produzir fake news e disparar ataques contra aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Em entrevista à CNN, os ex-auxiliares afirmaram que a equipe era cobrada a fazer 'montagens de vídeos', 'criar narrativas' e 'alimentar perfis falsos' nas redes sociais, supostamente monitorados pela própria parlamentar.

Em áudio vazado pela milícia digital bolsonarista, Joice Hasselmann pede ajuda para criação de perfis falsos nas redes sociais para promover ataques contra adversários políticos.

“Acabei de chegar em São Paulo, cheguei há pouco para algumas entrevistas, mas podia falar com a turma aí para fazer vários perfis e entrar de sola no Twitter especialmente, Instagram, porque eles estão botando todas as milícias lá e os robôs em cima de mim”, diz Joice no áudio.