Em ofício ao STF, Renan Calheiros diz que silêncio de Pazuello é para proteger "possíveis infratores"

Em ofício a Ricardo Lewandowski, relator de Habeas Corpus da AGU, Renan Calheiros diz ainda que o ex-ministro de Jair Boslonaro terá a "garantia constitucional de que toda a pessoa tem de não se autoincriminar"

Renan Calheiros e Eduardo Pazuello (Montagem)
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Em ofício encaminhado ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (14), o senador Renan Calheiros, relator da CPI do Genocídio, afirma que o possível silêncio do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, "pode estar objetivando proteger possíveis infratores, cujos nomes poderiam surgir de seu depoimento".

Lewandowski é o relator de dois pedidos de Habeas Corpus feitos pela Advocacia-Geral da União (AGU) que pedem que Pazuello tenha direito de ficar em silêncio no depoimento que fará como testemunha à comissão na próxima quarta-feira, dia 19.

"Negar-se a responder à CPI equivale a esconder do povo brasileiro informações cruciais para compreender o momento histórico, responsabilizar quem tenha cometido irregularidades e evitar que se repitam os erros que levaram à morte de quase meio milhão de brasileiros inocentes, até agora", diz Renan na peça, ressaltando que o ex-ministro de Jair Boslonaro terá a "garantia constitucional de que toda a pessoa tem de não se autoincriminar".