Em ofício, Frota pede proteção total ao "bandido Queiroz" para evitar queima de arquivo

Deputado, ex-bolsonarista, encaminhou ofício ao Ministério da Justiça, ao governador do Rio de Janeiro e ao MPF pois acredita na possibilidade do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, preso nesta manhã, sofrer um atentado

Foto: Instagram/ @alexandrefrota_oficial
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O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) informou, na tarde desta quinta-feira (18), que enviou um ofício ao Ministério da Justiça, ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, ao Ministério Público Federal (MPF) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) solicitando "proteção total" ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, preso mais cedo em uma chácara em Atibaia (SP).

Ex-bolsonarista, Frota se referiu a Queiroz como "bandido" e solicitou proteção ao ex-policial temendo que ele sofra um atentado, já que ele poderia ter informações que incriminariam a família Bolsonaro.

"Estou enviando ofício ao @JusticaGovBR ao @wilsonwitzel para a @CFOAB@OABRJ_oficial@MPF_PGR@felipeoabrj solicitando proteção total ao Bandido do Queiroz,para que ele não sofra nenhum atentado e queima de arquivo.O Estado e a Federação tem a obrigação de protegê lo.@STF_oficial", tuitou o deputado.

"Que seja montado um esquema especial de segurança para a garantia da vida desse cidadão, uma vez que ele poderá ser figura importante em demais processos em trâmite no Poder Judiciário", diz um trecho do ofício enviado por Frota.

Prisão de Queiroz

O policial aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Jair e Flávio Bolsonaro, foi preso na manhã desta quinta-feira (18) pela Polícia Civil em uma chácara em Atibaia, no interior de São Paulo. O imóvel pertence a Frederick Wassef, que é advogado do senador e também do presidente, no caso Adélio Bispo.

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O ex-assessor foi preso a mando do Ministério Público do Rio de Janeiro no inquérito relacionado ao esquema de “rachadinha” que operava no gabinete do então deputado estadual – e hoje senador – Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão de forma “atípica” em sua conta bancária enquanto atuava como assessor do filho do presidente.