Em pronunciamento, Bolsonaro ignora Covid, fala em "sombra do comunismo" e exalta golpe militar

Presidente disse ainda que país não aceita ser submisso a qualquer outra nação, apesar de já ter prestado continência à bandeira dos EUA, e afirmou que o Brasil é "temente a Deus", apesar do país ser um Estado laico

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Depois de um longo e contundente discurso do ex-presidente Lula, que em 23 minutos falou sobre inúmeros assuntos, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, na noite desta segunda-feira (7), para marcar o Dia da Independência do Brasil.

O discurso de Bolsonaro, no entanto, foi raso e durou apenas 3 minutos. Em sua fala, o presidente ignorou completamente a pandemia do coronavírus, que já matou mais de 126 mil pessoas no país, e relembrou da falaciosa cena que marcaria a independência do Brasil "às margens do Ipiranga".

"Naquele histórico 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, o Brasil dizia ao mundo que jamais aceitaria ser submisso a qualquer outra nação", disse Bolsonaro, apesar de já ter prestado continência à bandeira dos Estados Unidos.

Com de praxe, o capitão da reserva ainda falou em "sombra do comunismo" e exaltou, de maneira indireta, o golpe militar de 1964. "Nos anos 60, quando a sombra do comunismo nos ameaçou, milhões de brasileiros, identificados com os anseios nacionais, de preservação das instituições democráticas, foram às ruas contra um pais tomado pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada", disparou.

Bolsonaro terminou o discurso dizendo que o Brasil é "temente a Deus", apesar do país, pela Constituição, ser um Estado laico.

Assista ao pronunciamento.

https://www.youtube.com/watch?v=2-4wcM3vw4c