Em recado a Bolsonaro, Rodrigo Pacheco critica negacionismo: "brincadeira macabra, medieval"

O presidente do Senado criticou a "minoria desordeira" que desrespeita o isolamento; no final de semana, bolsonaristas promoveram aglomerações

Bolsonaro, ao lado de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ouve gritos de fascista e genocida na Câmara (Foto Reprodução TV Câmara)
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O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), voltou a contrariar a política do presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (22). Após dar declaração contra possível estado de sítio, na sexta-feira (19), Pacheco agora criticou o negacionismo.

"Não será uma minoria desordeira e negacionista que fará pautar o povo brasileiro e o Brasil neste momento em que precisamos de união”, declarou o senador ao criticar grupos que desrespeitam o isolamento social. A fala foi dada em encontro da Associação Comercial de São Paulo.

Essa "minoria desordeira" é, justamente, o grupo de apoiadores mais radicais do presidente Bolsonaro, que estão se mobilizando contra os lockdowns decretados por governadores nas últimas semanas. No domingo (21), inclusive, esses grupos promoveram aglomerações em razão do aniversário do chefe do Executivo.

“Se o negacionismo era uma tese no início da pandemia, que se desconhecia os efeitos dela e a gravidade dela, o negacionismo passou a ser uma brincadeira de mau gosto, macabra e medieval que não podemos aceitar no Brasil”, disse ainda.

Pacheco tem sido cobrado pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar os desmandos do governo Bolsonaro na gestão da pandemia da Covid-19.

Com informações da Folha de S. Paulo