Em troca de Eduardo, Trump cogita nomear filho Eric embaixador no Brasil

Segundo fontes do governo brasileiro, proposta deverá se concretizar caso nomeação do filho de Bolsonaro para embaixada em Washington se confirme

Eduardo Bolsonaro (Foto: Paola de Orte/Agência Brasil)
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Após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciar que cogita indicar o próprio filho, Eduardo Bolsonaro, para o cargo de embaixador nos EUA, em um movimento diplomático inusitado na história recente da diplomacia mundial, o presidente Donald Trump poderá designar para assumir a embaixada dos Estados Unidos em Brasília um dos seus cinco filhos, Eric, irmão de Ivanka , assessora influente do pai. A informação é do jornal O Globo. Segundo fontes do governo brasileiro, Eric Trump viria para o Brasil se o deputado Eduardo Bolsonaro for confirmado embaixador em Washington. Por coincidência, Eric tem a mesma idade de Eduardo, 35 anos. Os americanos já teriam deixaram claro que querem uma troca de nomeações políticas para as embaixadas. Personalidades como o ex-estrategista da campanha de Trump e um dos ideólogos da onda nacionalista de direita, Steve Bannon; o subsecretário de Estado dos EUA para a América Latina, Roger Noriega; e o ex-embaixador dos Estados Unidos em Brasília  Clifford Sobel sempre insistiram nesse ponto. Há, ainda, entre integrantes do governo, a avaliação de que a ida de Eduardo para os Estados Unidos seria "uma enorme vitória" do chanceler Ernesto Araújo. As relações com Washington teriam peso ainda maior e Ernesto Araújo teria mais espaço para cuidar da política externa como um todo. Nepotismo O ministro do STF Marco Aurélio Mello afirmou na noite dessa quinta-feira (11) que a indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos pode ser enquadrada como nepotismo e disse que se trata de um “péssimo exemplo”. Olavo de Carvalho conselheiro Em coletiva de imprensa na Câmara dos Deputados na noite desta quinta-feira (11), o deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), disse que Olavo de Carvalho serve como um conselheiro e caso ele vire um embaixador poderá chamá-lo para uns “churrascos e dar uns tiros no quintal dele”. A nomeação do próprio filho do presidente para uma embaixada não tem precedentes na história da diplomacia brasileira desde a Proclamação da República. Para ser embaixador, Eduardo Bolsonaro deverá ser aprovado pelo Senado.