Em vídeo, empresários admitem que injetam dinheiro na campanha de Bolsonaro

“Primeiro turno, Bolsonaro. Pra não ter escolha, pra nós não termos que gastar mais dinheiro, pra não ficar todo mundo gastando para o segundo turno”, diz Mário Gazin, proprietário das lojas Gazin

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[caption id="attachment_142683" align="alignnone" width="700"] Foto: Reprodução/Vídeo[/caption] Os empresários Luciano Hang e Mário Gazin, donos das lojas Havan e Gazin, respectivamente, aparecem em um vídeo, postado no Twitter oficial de Jair Bolsonaro, no qual admitem que injetam dinheiro na campanha do militar. As imagens foram gravadas antes do primeiro turno e postadas em 28 de agosto de 2018. Gazin declara: “Primeiro turno, Bolsonaro. Pra não ter escolha, pra nós não termos que gastar mais dinheiro, pra não ficar todo mundo gastando para o segundo turno. Então, é no primeiro. Quem está indeciso é lá. É lá que tem que ser, porque acabou, nós gasta (sic) menos dinheiro”. Isso confirma os fatos que fizeram o PT ingressar com uma ação de investigação judicial eleitoral junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Bolsonaro por abuso de poder econômico e uso indevido dos veículos e meios de comunicação digital. A ação alega que há fortes indícios de que foram comprados pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT pelo WhatsApp, seundo reportagem da Folha de S.Paulo. Cita, ainda, Luciano Hang e as empresas Havan, Quick Mobile Desenvolvimento e Serviços, Yacows Desenvolvimento de Software, Croc Services Soluções de Informática e SMSMarket Soluções Inteligentes. As compras dos pacotes de disparos foram todas realizadas por empresários abertamente apoiadores de Bolsonaro, entre os quais Luciano Hang, dono da Havan. Tais condutas revelam três tipos de crime eleitoral: doação de pessoa jurídica, utilização de perfis falsos para propaganda eleitoral e compra irregular de cadastros de usuários. O jornal Valor procurou Mário Gazin para uma explicação. O assessor contábil da empresa, Diego Soriani, em nome de Gazin, tentou justificar: “O Mário, na simplicidade dele... Eu vou falar isso, às vezes você não vai entender, mas nós que somos funcionários dele entendemos. O Mário, na simplicidade dele, o que ele quis dizer quando fala ‘para não termos que gastar mais dinheiro, para não ficar todo mundo gastando dinheiro’, o que ele quer dizer é no sistema de votação em si. É ter que fazer uma nova votação, enfim, todo mundo ir de novo votar. Isso gera um gasto de dinheiro”. Com informações de Lula.com.br