Empresa investigada em operação contra Witzel já recebeu R$ 23,5 mi do governo Bolsonaro

Governador do Rio trocou secretários da Casa Civil e da Fazenda em meio às investigações

Wilson Witzel e Bolsonaro (Foto: Divulgação)
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A empresa Atrio Rio Service, cujo nome atual é Gaia Service Tech, investigada pela Polícia Federal por suposto esquema de desvio de dinheiro na Saúde do Rio de Janeiro em meio à pandemia, já recebeu R$ 23,5 milhões do governo Bolsonaro.

No atual governo, de acordo com reportagem do UOL, foram fechados três contratos com a empresa de prestação de serviços terceirizados, dois deles ainda em vigência. A Lava Jato no Rio aponta que ela é controlada pelo empresário Mario Peixoto, preso neste mês na Operação Favorito, que apura desvios no sistema de saúde do Rio.

A Favorito precedeu a Operação Placebo, que realizou mandados de busca e apreensão nesta semana na residência oficial de Witzel e no Palácio Guanabara. Foram apreendidos celulares e computadores do governador e de sua esposa, Helena Witzel.

Só neste ano, a Gaia recebeu R$ 129 milhões do governador do Rio. No entanto, desde 2014, a empresa já fechou 15 contratos no valor total de R$ 85 milhões com o governo federal. A Gaia obteve sem concorrência contratos que somam R$ 40 milhões. Ao todo, R$ 61 milhões das contratações já foram efetivamente pagos.

Em meio às investigações da Polícia Federal, Witzel decidiu trocar dois nomes de cargos importantes do governo do Rio. Foram exonerados os secretários da Casa Civil e da Fazenda, André Luis Dantas e Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho. As demissões foram publicadas nesta quinta-feira (28) no Diário Oficial.

Para o lugar de André Ferreira, foi nomeado Raul Teixeira. E para o cargo de Luiz Cláudio Rodrigues, foi escolhido Guilherme Macedo Reis Mercês.