Mensagens obtidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro relevaram que o empresário Rafael Alves, pivô de um suposto esquema de corrupção conhecido como "QG da Propina", diz a interlocutores ter sido o "maior investidor" da campanha que elegeu o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) no Rio. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no entanto, mostram que Crivella não recebeu nenhuma doação oficial do empresário em 2016.
"Hoje o maior investidor sou eu. Não quero cargo nem status. Quero retorno do q está sendo investido", disse Rafael durante a campanha eleitoral em conversa com Marcelo Faulhaber, então marqueteiro do atual prefeito do Rio. "Crivella deve achar que sou moleque", diz ele em outra mensagem. "Ou ele deve ter amnésia de tudo q fiz investi e sei", continuou.
Após reclamar que não era recebido pelo prefeito, Alves insiste nesse argumento. "Ninguém merece isso não", diz. "Ainda mais eu que banquei grande parte da campanha". A informação é de reportagem do UOL.
Sem provas de que o dinheiro tenha sido usado para despesas eleitorais, o MP-RJ suspeita que a verba pode ter sido empregada para outros fins ilícitos. De acordo com a legislação eleitoral, todas as doações a campanhas devem ser registradas na prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral.